3.07.2007

divagações sobre o ser que quer deixar de ser quem se é sem ser, aparentemente, sendo

Hoje eu queria ser uma miniatura pra tomar banho no copo de água gelado que paira sobre a minha mesa. Esse sol é de quebrar a caxola até de nordestino.

- Você acredita que estamos vivendo em um mundo que pode ser qualquer coisa?

R.: Depende da coisa, eu hoje não tô a fim de ser nada, sabe? Sabe aqueles dias em que você dava tudo pra ficar em casa, olhando pra parede e sendo congelado aos poucos pelo ar condicionado no máximo? Então, esse dia chegou, e é hoje. E grandes merda, como diria minha avó. Não posso fazer nada disso mesmo. Ai que ódio, já dizia Schopenhauer, que deve ter sido budista em uma otura vida, a desejo só traz dor. No meu caso, dor de cabeça também, ela vem de brinde.

- Você acredita que o hemisfério norte é mais desenvolvido devido ao clima frio propício ao pensamento?

R.: Não sei. Eu acreditava em papai noel quando era pequeno, ok? Olha, eu nunca pensei nisso, alias, eu quase nunca penso, dá preguiça. Dizem que o calor abaixo dos trópicos faz a gente ficar preguiçoso, será mesmo que os de cima são mais desenvovido porque trabalham e pensam mais, e os under tropics são mais vadios e passam o dia morgando na beira da praia? Graças a deus que eu tenho alguém pra fazer isso por mim né? Bom pra gente, penso eu.

Agora me deixa, eu preciso ir morgar na beira da praia, se é que você me entende.

As minhas necessidades não são sempre supérfluas, okey? Às vezes, e às vezes nem tão às vezes, minhas necessidades são imprescindíveis para meu estado de saúde mental. Me deixa ir embora, tio? Não pra casa, pra outro planeta, caralho! Adoro manifestações de carinho.

Adeus, coisa sem sentido.