1.23.2009

the meaning of meaningless

Eu estava sentado, fumando um cigarro de frente para àquela construção, de nível mediano, pensando estar inserido apenas em uma situação contemporânea, onde o vício encontrava o sagrado, quando de algum lugar surgiu em minha mente um pensamento não estranho, mas que me deixou mais lento, vagarosamente pensante. “A vida não é boa”. Eu contemplava a construção de um modo estranho e pensava que aquilo se espalhou ao longo dos séculos ao redor do globo e metamorfoses aconteceram, mas elas ainda estão por todo lugar. “A vida simplesmente não é boa”. Qual outro motivo eu poderia pensar pra justificar o fato que tinha pensado segundos atrás? Um local que promete te salvar: estamos todos perdidos. A vida não é boa. Ou estamos dentro de uma filosofia religiosa ou estamos dentro de outra filosofia. Pensamos demais e por isso a vida não é boa? Ou ela simplesmente não é, de fato, e criamos algo para suportarmos o peso de, simplesmente, viver? Temos uma filosofia, uma ideologia, seja ela religiosa ou não, e o fato de termos uma filosofia que nos conforte de algum modo seria a prova latente de que a vida simplesmente não é boa. Ter uma filosofia de não ter filosofia também caracterizaria uma filosofia: a de não te-las. E esta conforta? Ou talvez devo não pensar tanto, e essa sim, seria a vida boa. Não sei.